O tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo. É responsável por cerca de 7 milhões de mortes no mundo por ano. Os fumantes vivem cerca de 10 anos a menos que os não fumantes.
Apesar da queda da prevalência do tabagismo nas últimas décadas, cerca de 15% da população mundial ainda fuma.
Mesmo o tabagismo passivo também é muito prejudicial: é a terceira causa de morte evitável no mundo, e está associado a mais de 800.000 mortes por ano.
Mais de 80% dos fumantes desejam que nunca tivessem fumado, e mais de 60% dos fumantes já fizeram tentativas concretas de parar de fumar. Entretanto, menos de 5% dos fumantes que tentam parar de fumar sem auxílio obtém sucesso. A chance de parar de fumar pode ser 10 x maior com auxílio especializado.
Existem diversos malefícios relacionados ao hábito de fumar:
1. Doenças cardiovasculares: aumento da chance de apresentar infarto, derrame, insuficiência cardíaca, arritmias e morte.
2. Doenças respiratórias: crises de asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema, bronquite crônica), doenças intersticiais.
3. Cânceres: câncer de pulmão, de cabeça e pescoço, de bexiga, intestino.
4. Riscos gestacionais: infertilidade, parto prematuro, restrição de crescimento fetal.
5. Ossos: osteoporose e fraturas.
6. Diabetes melito.
7. Gastos financeiros: considerando um fumante que consome 20 cigarros por dia, e paga 10 reais em um maço de cigarro, o gasto anual é de R$ 3.650, enquanto o gasto em 10 anos de vício se aproxima dos R$ 40.000.
Ao parar de fumar, o risco de desenvolver essas complicações passa a reduzir paulatinamente:
1. Em 20 minutos: a pressão arterial cai.
2. Em 12 horas: o nível de monóxido de carbono no sangue se normaliza.
3. Em poucas semanas: a função pulmonar começa a melhorar (eliminação de secreção, redução do risco de infecções).
4. Em um ano: o risco de infarto se normaliza.
5. Em 4 anos: o risco de derrame se normaliza.
6. Em 10 anos: o risco de morte por câncer de pulmão cai pela metade.
A dificuldade de parar de fumar se deve ao fato de que o tabagismo é sustentado pela dependência à nicotina. Grande parte dos pacientes que fazem tentativas de parar apresentam recaídas. Essas recaídas não são falhas, mas sim oportunidades de aprendizados para que novas tentativas possam ser planejadas.
Para auxiliar nas tentativas, existem medicamentos e técnicas comportamentais que aumentam as chances de sucesso. Procure ajuda.