Alguém vai morrer enquanto você lê esse post.
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo – são mais de 17 milhões de mortes anualmente. São responsáveis por mais de 30% de todas as mortes.
Dentro desse termo “doença cardiovascular”, nós englobamos as diversas formas de doenças ateroscleróticas e suas consequências: infarto do miocárdio, doença arterial coronariana crônica, insuficiência cardíaca, acidente vascular encefálico (famoso “derrame”), doença arterial periférica, morte súbita, etc.
Chamamos essas complicações de EVENTOS cardiovasculares: morte, um infarto, um AVC, necessidade de colocação de stent ou cirurgia de ponte de safena ou mamária. São marcadores de gravidade na vida do paciente.
No Brasil, são quase 400.000 mortes por ano – número que é dominado por infartos e AVCs (mais de 100.000 mortes de cada). São mais de mil mortes por dia. Uma morte a cada 90 segundos.
Além desse número enorme de óbitos, as doenças cardiovasculares levam a uma perda de mais de 300 milhões de anos de vida saudável, anualmente.
Isso significa que as doenças cardiovasculares nem sempre matam, mas geralmente levam a sequelas, que podem prejudicar a qualidade de vida de um indivíduo e de toda sua família, com limitações para o trabalho e para o lazer, com necessidade de uso de grande número de medicações, internações frequentes, maior prevalência de depressão e outras complicações que discutiremos ao longo do tempo.